As duas assistências e vinte e uma bolas perdidas já exemplificam muito bem o motivo da derrota. Jogadores de garrafão, assim como os de perímetro, também criam suas próprias oportunidades de arremesso, mas em número consideravelmente menor, já que a bola, na maior parte do tempo, não está em suas mãos. Apesar disso, a qualidade da circulação de bola da equipe e a recepção da mesma em um local mais favorável à criação do próprio arremesso são essenciais, o que certamente não ocorreu neste partida. Em tese, a marcação 3-2 por parte do adversário até facilitaria o encontro desses jogadores em boa posição, já que certos espaços no perímetro seriam abertos com mais frequência, facilitando o passe, e a marcação interior estaria fortemente afetada. O problema é que, mesmo assim, a relação passe/defesa perímetro do seus três primeiros jogadores não foi suficientemente favorecida.
Quanto ao relativo sucesso ofensivo da equipe adversária (não que 37% de conversão de arremessos seja realmente um número alto), grande parte está relacionada à sua fraca defesa de perímetro (que tornou-se ainda mais fraca com zona 2-3). Os jogadores do perímetro oposto simplesmente tiveram tremenda facilidade transitando a bola pela quadra, criando oportunidades de arremessos e tendo a qualidade necessária para convertê-las em pontos. Mesmo a tática focando interiormente, creio que todos saibam que a engine tem a habilidade de se adaptar aos matchups favoráveis e buscar sempre o melhor arremesso possível (o que é mais comum em táticas interiores, já que um boa defesa exterior contra uma tática também exterior, dependendo da qualidade do passe da equipe atacante, torna extremamente difícil a criação de oportunidades interiores enquanto ainda buscam as distantes do aro). E foi exatamente isso que aconteceu: 41 dos 79 arremessos adversários foram executados por um AP ou AA, enquanto apenas 23 bolas foram arremessadas por um AF ou Pivô.
Há de considerar ainda o fato de que, mesmo que as ratings defensivas interiores demonstrem-se favoráveis a uma determinada equipe, se essa mesma equipe possui uma péssima defesa de perímetro, tal efeito pode reverter-se. O simples fato de criar-se oportunidades de maior qualidade pode-se opor a um leve dificuldade em convertê-las. E, também, caso essa diferenciação das ratings tenha como principal fator o uso de zona 2-3, os jogadores interiores adversários podem aproveitar-se de certas brechas dadas por essa zona, como a possibilidade de buscarem a marcação interior mais próxima de um jogador que não possua um impacto defensivo tão elevado quanto o dos restantes jogadores da mesma. Normalmente, isso referiria-se ao ala adversário.
Além disso, devemos considerar que o jogo de atletas do garrafão não baseia-se unicamente em chances "próximas ao vinho". Um expressivo número dos arremessos de um jogador interior é ou pode ser de meia ou longa distância, mesmo em Bola pra Dentro ou Low Post. É algo do qual pode-se tirar uma vantagem ainda maior caso o jogador defensivo seja um ótimo defensor interior e não tenha defesa de perímetro em um nível próximo ao arremesso/distância de arremesso do seu matchup. Inclusive números aparentemente baixos, como comum ou respeitável, podem ser extremamente úteis nesses casos.
Todos as citações dos últimos dois parágrafos podem, talvez, exemplificarem-se em uma partida minha contra o MJ.23 do Deefad nessa temporada:
(42783567). Só é impossível afirmar quantas dessas situações tornaram-se vigorosamente presentes na partida, já que não tenho conhecimento específico sobre as skills de nenhum de seus jogadores.
Disso tudo, pode ressaltar-se que tanto a qualidade defensiva interior quanto a exterior tem presença importante em táticas interiores e que um jogador com um versatilidade maior pode representar um resultado exatamente oposto ao que provavelmente se presenciaria usando-se de um com certas limitações.
Last edited by Densler at 3/23/2012 5:44:40 PM